A Dor pélvica crônica (DPC), condição que responde por 10% a 20% das consultas ginecológicas, tem um impacto negativo no curso de vida das mulheres em idade fértil, estando associada a reduzida qualidade de vida, sintomas depressivos, ansiedade, diminuição da produtividade no trabalho e reduzida satisfação sexual.

A DPC é definida como presença de dor originária de órgãos/estruturas pélvicas, tipicamente com duração maior que seis meses e está frequentemente associada com sintomas sugestivos de disfunções do trato urinário inferior, sexual, intestinal, assoalho pélvico, miofascial ou ginecológico.

Para ter uma noção dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos e indicar medidas para controle da dor, o Protocolo da Febrasgo n.2 dividiu a origem da DPC em: visceral, neuromuscular e psicossocial.

Independente da causa da dor pélvica crônica, a maioria das pacientes apresenta um evento comum: a sensibilização central, que compreende uma série de eventos que ocorrem no sistema nervoso central reduzindo significativamente o limiar de dor das mulheres e culminam numa percepção aumentada de dor.

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