Infertilidade
A infertilidade atinge aproximadamente 15% da população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), isto é, um em cada cinco casais tem problemas para engravidar, precisando de ajuda especializada. As causas da infertilidade são diversas e podem ser femininas, masculinas ou devido à associação de dificuldades dos dois componentes do casal.
No Brasil, estima-se que 8 milhões de mulheres são inférteis, sendo que as causas principais, além da idade avançada, problemas anatômicos no útero, tubas ou ovários, desequilíbrios hormonais que afetam o ciclo menstrual, além da endometriose, são os fatores mais frequentemente relacionados à infertilidade nas mulheres. Outros problemas que diminuem a fecundidade feminina são a exposição à radiação ou a certos produtos químicos, o tabagismo e o peso (excessivamente acima ou abaixo do ideal).
As causas mais comuns são da infertilidade na mulher são:
Endometriose: caracterizada pelo crescimento do endométrio, que é o revestimento interno do útero, em outros locais que não o útero, como por exemplo as trompas, os ovários ou o intestino. Mulheres que sofrem com endometriose, além da dificuldade para engravidar, normalmente também apresentam cólica menstrual muito intensa, menstruação abundante e cansaço excessivo.
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da progressão da doença, órgãos afetados e qualidade de vida da paciente.
Ovários policísticos: tornam a menstruação irregular e pode até afetar a liberação do óvulo maduro. Dessa forma, mulheres com ovários policísticos normalmente apresentam dificuldade para engravidar.
O tratamento normalmente é feito com a utilização de remédios com hormônios que estimulam a ovulação, corrigindo o problema e aumentando as chances de a mulher engravidar naturalmente.
Menopausa precoce: quando mulheres com menos de 40 anos não conseguem mais produzir óvulos, podendo ser causada por alterações genéticas ou tratamentos de quimioterapia, por exemplo.
Geralmente o tratamento é feito através do uso de remédios com hormônios para estimular a ovulação, além de ser necessário praticar atividade física diariamente e ter uma alimentação rica em fibras, soja, frutas e vegetais
Alterações na tireoide: como hipotireoidismo ou hipertireoidismo, fazem com que ocorra um desequilíbrio hormonal no organismo, interferindo no ciclo menstrual da mulher e podendo dificultar a gravidez.
Os problemas na tireoide podem ser facilmente tratados com medicamentos para regular a função da tireoide e favorecer a gravidez.
Inflamação das trompas: chamada de salpingite, impede a gravidez porque não permite o encontro do óvulo com espermatozoide para formar o embrião. Ela pode atingir uma ou as duas trompas, e geralmente provoca sinais e sintomas como dor abdominal, dor na relação sexual e sangramentos.
Tratamento: pode ser feito através de cirurgia para desobstruir a trompa afetada ou através do uso de medicamentos para estimular a ovulação.
Algumas alterações no útero, principalmente pólipos uterinos ou útero septado, podem dificultar o processo de implantação do embrião no útero e acabar causando abortos frequentes.
O tratamento destas alterações é feito através de cirurgia para corrigir a estrutura do útero, permitindo que a mulher engravide naturalmente após cerca de 8 semanas da realização da cirurgia.